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Clarices
As gravuras de Maikel da Maia apontam para a imagem feminina. São todas mulheres “Clarices” identificadas entre formas, vestes, estruturas, alguns acessórios femininos e indicações de uma fragmentação de corpos em partes ou em reconfigurações. Uma imagem é rebatida, repartida e refletida sobre a outra e a outra, sua imagem e semelhança. Várias mulheres se sobrepõem. Todas parecem ocupar o centro de si mesmas, porém dividindo e multiplicando uma existência simultânea/paralela. Podem se encontrar nuas, seminuas, despidas ou descarnadas, para que sejam revestidas então das memórias de outros e de outras.
A linha gravada em água-forte e impressa no papel, segue como um fluido entre camadas que posteriormente serão sobrepostas, dissecando de um corpo feminino o osso, a carcaça. Ao contornar a figura na fronteira da forma, revela o branco da folha em relevo. O vermelho invade ou constrói planos, desenrolando significados seguramente femininos. Pode ser a violência de fora delimitando espaços ou o corpo se esvaindo por dentro. Quem são estas clarices? Elas habitam seus corpos, seus fragmentos, seus trapos, seus lugares no mundo?
A gravação da matriz com suas marcas e seu posterior desdobramento na imagem impressa e reimpressa, é característica do aspecto reprodutivo tão comum a gravura quanto à mulher.
José Roberto da Silva – Julho /2005
18 de agosto a 2 de outubro de 2005 Centro Cultural Solar do Barão Museu da Gravura Cidade de Curitiba – Curitiba/Pr
Clarices
As gravuras de Maikel da Maia apontam para a imagem feminina. São todas mulheres “Clarices” identificadas entre formas, vestes, estruturas, alguns acessórios femininos e indicações de uma fragmentação de corpos em partes ou em reconfigurações. Uma imagem é rebatida, repartida e refletida sobre a outra e a outra, sua imagem e semelhança. Várias mulheres se sobrepõem. Todas parecem ocupar o centro de si mesmas, porém dividindo e multiplicando uma existência simultânea/paralela. Podem se encontrar nuas, seminuas, despidas ou descarnadas, para que sejam revestidas então das memórias de outros e de outras.
A linha gravada em água-forte e impressa no papel, segue como um fluido entre camadas que posteriormente serão sobrepostas, dissecando de um corpo feminino o osso, a carcaça. Ao contornar a figura na fronteira da forma, revela o branco da folha em relevo. O vermelho invade ou constrói planos, desenrolando significados seguramente femininos. Pode ser a violência de fora delimitando espaços ou o corpo se esvaindo por dentro. Quem são estas clarices? Elas habitam seus corpos, seus fragmentos, seus trapos, seus lugares no mundo?
A gravação da matriz com suas marcas e seu posterior desdobramento na imagem impressa e reimpressa, é característica do aspecto reprodutivo tão comum a gravura quanto à mulher.
José Roberto da Silva – Julho /2005
18 de agosto a 2 de outubro de 2005 Centro Cultural Solar do Barão Museu da Gravura Cidade de Curitiba – Curitiba/Pr