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Sesi Arte Contemporânea 
mostra 2012 II Exposição
de 27 de novembro a 03 março de 2013
Centro Cultural  Sistema Fiep
Curitiba/Pr
www.sesipr.org.br/cultura/FreeComponent14094content200777.shtml


Sp Estampa
Galeria Gravura Brasileira
de 4 de abril a 30 abril 2013
São Paulo/Sp
www.spestampa.com/2013-prog.html

                                          A MINHA IMAGINAÇÃO E O SEU REAL

Segundo o dicionário, o real pode ser o que existe de fato, que tem existência física, palpável ou ainda aquilo que contém a verdade. A arte, de certa maneira, busca produzir uma realidade própria que difere da realidade do mundo, seja idealizando ou a confrontando, mas tencionando nossa noção de mundo e lugar. Na exposição A vida real e a imaginação sobre ela, do artista Maikel da Maia, somos um espectador/observador que diante de situações específicas, da iminência de seus acontecimentos, vê uma realidade que se faz efêmera, passageira e transitória.

Entre as questões específicas da série A vida real e a imaginação sobre ela,  reconhecemos pontos que permeiam a produção anterior de Maikel da Maia. Podemos apontar o estudo sobre a comunicação que alcançamos com as imagens e textos do mundo, os diferentes processos de leitura e significação. O artista usa instruções, imagens que narram uma ação em execução, que criam um paradoxo entre a linguagem escrita e visual, tenha em mente as séries esvaziar e ouvir (2009/2010) e o corpo é algo antes de mim que tomou forma de corpo e interpreta o meu pensamento (2009/2010). Esse procedimento de ressignificação reconhecemos em séries anteriores do artista, mas enfatizo que na série objeto de estudo deste texto, esse procedimento se coloca a favor da imaginação que desenvolve certa narrativa para as gravuras. A imagem da menina, gravada com linhas marcadas, é colocada numa relação gravitacional sobre à aveludada camada de tinta que pode ser visto como um instante da ação de afogar-se, ou uma simples queda na água. O gato que se repete em posições diferentes incita no olhar o movimento da queda. O mesmo acontece com o óculos em suspensão, que pode estar prestes a cair. O movimento ou a prenúncio de seu acontecimento que está enfatizado nesta série de trabalhos reforça a relação entre imagem e leitura mencionada anteriormente.

Frequentemente suas gravuras apontam para um caráter meditativo, aéreo, alegre, imaginativo, e até mesmo lírico. As camadas de tinta combinadas com a inconfundível textura da gravura em metal criam um lugar enigmático, envolto num silencio que parece habitá-lo. São os diferentes processos de gravura utilizados que carregam as imagens de relevos, texturas e tramas. A densidade da gravação e tonalidades de azul criam diferentes profundidades que se contrastam com a linha marcada das figuras gravadas, principalmente quando áreas de papel em branco são incorporadas ao trabalho deslocadas da função de margem. Nesse encontro entre gravação e papel percebemos uma linha de horizonte que aponta para uma espacialidade que ultrapassa dos limites do papel.

Nessa relação entre o espaço interno e externo, é possível perceber no trabalho um desejo de situar-se, encontrar seu lugar, e no momento de interação com o espectador este lugar transforma-se num lugar próprio. Reconhecemos no trabalho uma série de figuras que nos remetem ao mundo real, mas incitam uma situação em iminência, imaginável. Entretanto o que é tangível é o presente, esse instante único, que faz do trabalho uma experiência instigante, que leva o espectador a ver uma realidade palpável sobre estas situações propostas pelo artista: e se realmente encontrássemos um fantasma? Esta experiência se dá diante do trabalho, na minha imaginação, e na sua realidade.

Ana Rocha, 2012

Sesi Arte Contemporânea 
mostra 2012 II Exposição
de 27 de novembro a 03 março de 2013
Centro Cultural  Sistema Fiep
Curitiba/Pr
www.sesipr.org.br/cultura/FreeComponent14094content200777.shtml


Sp Estampa
Galeria Gravura Brasileira
de 4 de abril a 30 abril 2013
São Paulo/Sp
www.spestampa.com/2013-prog.html

                                          A MINHA IMAGINAÇÃO E O SEU REAL

Segundo o dicionário, o real pode ser o que existe de fato, que tem existência física, palpável ou ainda aquilo que contém a verdade. A arte, de certa maneira, busca produzir uma realidade própria que difere da realidade do mundo, seja idealizando ou a confrontando, mas tencionando nossa noção de mundo e lugar. Na exposição A vida real e a imaginação sobre ela, do artista Maikel da Maia, somos um espectador/observador que diante de situações específicas, da iminência de seus acontecimentos, vê uma realidade que se faz efêmera, passageira e transitória.

Entre as questões específicas da série A vida real e a imaginação sobre ela,  reconhecemos pontos que permeiam a produção anterior de Maikel da Maia. Podemos apontar o estudo sobre a comunicação que alcançamos com as imagens e textos do mundo, os diferentes processos de leitura e significação. O artista usa instruções, imagens que narram uma ação em execução, que criam um paradoxo entre a linguagem escrita e visual, tenha em mente as séries esvaziar e ouvir (2009/2010) e o corpo é algo antes de mim que tomou forma de corpo e interpreta o meu pensamento (2009/2010). Esse procedimento de ressignificação reconhecemos em séries anteriores do artista, mas enfatizo que na série objeto de estudo deste texto, esse procedimento se coloca a favor da imaginação que desenvolve certa narrativa para as gravuras. A imagem da menina, gravada com linhas marcadas, é colocada numa relação gravitacional sobre à aveludada camada de tinta que pode ser visto como um instante da ação de afogar-se, ou uma simples queda na água. O gato que se repete em posições diferentes incita no olhar o movimento da queda. O mesmo acontece com o óculos em suspensão, que pode estar prestes a cair. O movimento ou a prenúncio de seu acontecimento que está enfatizado nesta série de trabalhos reforça a relação entre imagem e leitura mencionada anteriormente.

Frequentemente suas gravuras apontam para um caráter meditativo, aéreo, alegre, imaginativo, e até mesmo lírico. As camadas de tinta combinadas com a inconfundível textura da gravura em metal criam um lugar enigmático, envolto num silencio que parece habitá-lo. São os diferentes processos de gravura utilizados que carregam as imagens de relevos, texturas e tramas. A densidade da gravação e tonalidades de azul criam diferentes profundidades que se contrastam com a linha marcada das figuras gravadas, principalmente quando áreas de papel em branco são incorporadas ao trabalho deslocadas da função de margem. Nesse encontro entre gravação e papel percebemos uma linha de horizonte que aponta para uma espacialidade que ultrapassa dos limites do papel.

Nessa relação entre o espaço interno e externo, é possível perceber no trabalho um desejo de situar-se, encontrar seu lugar, e no momento de interação com o espectador este lugar transforma-se num lugar próprio. Reconhecemos no trabalho uma série de figuras que nos remetem ao mundo real, mas incitam uma situação em iminência, imaginável. Entretanto o que é tangível é o presente, esse instante único, que faz do trabalho uma experiência instigante, que leva o espectador a ver uma realidade palpável sobre estas situações propostas pelo artista: e se realmente encontrássemos um fantasma? Esta experiência se dá diante do trabalho, na minha imaginação, e na sua realidade.

Ana Rocha, 2012

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